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O Exército Brasileiro utiliza um arsenal diversificado de metralhadoras, projetadas para oferecer alta potência de fogo em diferentes cenários de combate. Essas armas desempenham um papel fundamental na defesa, missões de paz e treinamento militar, combinando avanços tecnológicos com robustez e eficácia.

Este artigo analisa as principais metralhadoras em uso pelo Exército Brasileiro, destacando suas tecnologias, poderes de fogo, histórico, investimentos e aplicações em missões reais.

Metralhadoras Ativas do Exército Brasileiro

1. FN Minimi 5.56

  • Fabricante: FN Herstal (Bélgica)
  • Ano de Fabricação: Introduzida em 1974, com variantes modernas ainda em produção.
  • Calibre: 5.56×45 mm NATO
  • Taxa de Disparo: 700 a 1.000 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: Até 600 metros com mira óptica.

Tecnologia: A FN Minimi utiliza um sistema de alimentação dupla, permitindo o uso de munição em fita ou carregadores padrão. Possui trilhos para a montagem de miras e outros acessórios modernos.

Investimento: O custo unitário varia entre US$ 7.000 e US$ 10.000, dependendo das especificações.

Aplicações:

  • Defesa de posições.
  • Apoio de fogo em patrulhas.
  • Utilizada em missões de paz, como no Haiti (2004-2017).

2. MAG 7.62

  • Fabricante: FN Herstal (Bélgica)
  • Ano de Fabricação: 1958, com atualizações constantes.
  • Calibre: 7.62×51 mm NATO
  • Taxa de Disparo: 650 a 1.000 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: Até 800 metros com mira óptica.

Tecnologia: Esta metralhadora utiliza um sistema de gás confiável, adaptado para operações prolongadas em condições adversas. Pode ser montada em tripés, viaturas ou aeronaves.

Investimento: O custo estimado é de US$ 9.000 por unidade, com variantes adicionais para uso veicular.

Aplicações:

  • Presente em todas as brigadas do Exército.
  • Utilizada em operações na Amazônia e missões de paz no Congo.

3. HK MG4

  • Fabricante: Heckler & Koch (Alemanha)
  • Ano de Fabricação: Introduzida em 2001.
  • Calibre: 5.56×45 mm NATO
  • Taxa de Disparo: 775 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 600 metros.

Tecnologia: A MG4 é uma metralhadora leve projetada para alta mobilidade. Conta com trilhos para montagem de miras e outros equipamentos, e seu sistema de resfriamento permite disparos contínuos.

Investimento: Cada unidade custa aproximadamente US$ 8.000 a US$ 12.000.

Aplicações:

  • Utilizada em patrulhas e operações urbanas.
  • Testada em treinamentos para futuras missões de combate.

4. Browning M2HB

  • Fabricante: Browning Arms Company (EUA)
  • Ano de Fabricação: 1933 (atualizada ao longo dos anos).
  • Calibre: .50 BMG (12.7×99 mm)
  • Taxa de Disparo: 450 a 600 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: Até 1.800 metros.

Tecnologia: A Browning M2HB é uma metralhadora pesada utilizada para neutralização de alvos blindados e de baixa altitude. Pode ser montada em viaturas e barcos.

Investimento: O custo unitário varia entre US$ 14.000 e US$ 20.000.

Aplicações:

  • Defesa de instalações estratégicas.
  • Equipamento padrão em viaturas blindadas.
  • Empregada em missões de dissuasão ao longo da fronteira amazônica.

5. IMBEL IA2 7.62

  • Fabricante: IMBEL (Brasil)
  • Ano de Fabricação: Introduzida em 2015.
  • Calibre: 7.62×51 mm NATO
  • Taxa de Disparo: 600 a 750 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: Até 700 metros.

Tecnologia: A IA2 7.62 é uma metralhadora nacional que combina leveza e robustez, ideal para operações em ambientes diversos. Foi desenvolvida para substituir armas mais antigas do arsenal brasileiro.

Investimento: O custo estimado é de R$ 12.000 a R$ 15.000 por unidade.

Aplicações:

  • Operações de patrulha e combate na Amazônia.
  • Treinamentos regulares em brigadas de infantaria.

Missões Realizadas com Metralhadoras

As metralhadoras do Exército Brasileiro têm desempenhado um papel crucial em diversas missões:

  1. Missões de Paz da ONU:
    • Utilizadas no Haiti e no Congo para proteger civis e patrulhar áreas instáveis.
  2. Operações na Amazônia:
    • Cruciais para combate a crimes ambientais e patrulha de fronteiras.
  3. Defesa de Fronteiras:
    • Utilizadas para dissuadir ameaças e proteger territórios estrategicamente importantes.
  4. Exercícios Militares:
    • Treinamentos regulares para preparação de tropas.

Comparativo com Metralhadoras de Outros Países

Enquanto o Exército Brasileiro emprega uma combinação de equipamentos nacionais e importados, os exércitos de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Rússia, França e Alemanha, possuem arsenais ainda mais avançados. Veja um comparativo técnico e funcional entre as principais metralhadoras utilizadas pelo Brasil e as de outras nações:

1. FN Minimi 5.56 (Brasil) vs. M249 SAW (EUA)

FN Minimi 5.56

  • Origem: Bélgica, usada pelo Exército Brasileiro.
  • Calibre: 5.56×45 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 700 a 1.000 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 600 metros.
  • Diferencial: Flexibilidade de alimentação (fita ou carregadores padrão).

M249 SAW

  • Origem: Estados Unidos (baseada na FN Minimi).
  • Calibre: 5.56×45 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 750 a 1.000 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 800 metros.
  • Diferencial: Melhor integração com sistemas de mira modernos e suporte para missões urbanas e de campo aberto.

Comparativo: Embora ambas as armas compartilhem tecnologias semelhantes, a M249 possui avanços na ergonomia e compatibilidade com acessórios modernos, oferecendo maior versatilidade em operações táticas.

2. MAG 7.62 (Brasil) vs. PKM (Rússia)

MAG 7.62

  • Origem: Bélgica, amplamente usada no Brasil.
  • Calibre: 7.62×51 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 650 a 1.000 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 800 metros.
  • Diferencial: Confiabilidade em condições adversas e integração com viaturas militares.

PKM

  • Origem: Rússia.
  • Calibre: 7.62×54 mmR.
  • Taxa de Disparo: 650 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 1.000 metros.
  • Diferencial: Leveza para uma metralhadora de calibre 7.62 e facilidade de manutenção em campo.

Comparativo: A PKM russa oferece maior alcance efetivo e leveza, tornando-a ideal para missões em terrenos difíceis. Por outro lado, a MAG 7.62 é mais adaptada para integrar viaturas e operações fixas.

3. HK MG4 (Brasil) vs. MG5 (Alemanha)

HK MG4

  • Origem: Alemanha, utilizada no Brasil.
  • Calibre: 5.56×45 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 775 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 600 metros.
  • Diferencial: Leveza e design ergonômico para alta mobilidade.

MG5

  • Origem: Alemanha.
  • Calibre: 7.62×51 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 640 a 960 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 1.200 metros.
  • Diferencial: Elevada precisão em disparos prolongados e compatibilidade com mira térmica.

Comparativo: Enquanto a MG4 é mais leve e projetada para mobilidade, a MG5 apresenta um poder de fogo superior, com maior alcance e precisão, sendo mais eficiente em cenários de combate prolongado.

4. Browning M2HB (Brasil) vs. NSV (Rússia)

Browning M2HB

  • Origem: Estados Unidos, usada no Brasil.
  • Calibre: .50 BMG (12.7×99 mm).
  • Taxa de Disparo: 450 a 600 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 1.800 metros.
  • Diferencial: Confiabilidade e longevidade (em uso desde a Segunda Guerra Mundial).

NSV

  • Origem: Rússia.
  • Calibre: 12.7×108 mm.
  • Taxa de Disparo: 700 a 800 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 1.500 metros.
  • Diferencial: Sistema simplificado que permite maior portabilidade em comparação com a M2HB.

Comparativo: A M2HB tem maior alcance e é mais versátil em diferentes plataformas, enquanto a NSV destaca-se pela taxa de disparo superior e facilidade de operação.

5. IMBEL IA2 7.62 (Brasil) vs. FN SCAR-H (Bélgica)

IMBEL IA2 7.62

  • Origem: Brasil.
  • Calibre: 7.62×51 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 600 a 750 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 700 metros.
  • Diferencial: Projeto nacional adaptado às necessidades do Exército Brasileiro, com alta durabilidade em condições tropicais.

FN SCAR-H

  • Origem: Bélgica.
  • Calibre: 7.62×51 mm NATO.
  • Taxa de Disparo: 600 tiros por minuto.
  • Alcance Efetivo: 800 metros.
  • Diferencial: Modularidade, permitindo adaptações rápidas para diferentes missões.

Comparativo: O IMBEL IA2 oferece robustez e é mais acessível economicamente, enquanto o FN SCAR-H é superior em modularidade e tecnologia embarcada.

Como Funciona uma Metralhadora?

As metralhadoras são armas automáticas projetadas para disparar uma grande quantidade de munição em alta velocidade. Amplamente utilizadas em conflitos militares, elas desempenham um papel crucial em combate por oferecerem poder de fogo sustentado e letalidade em cenários variados.

Princípio Básico de Funcionamento

Uma metralhadora utiliza o princípio de energia de recuo ou dos gases para automatizar o processo de disparo. Diferentemente de armas semiautomáticas, que exigem um gatilho acionado para cada disparo, as metralhadoras podem disparar continuamente enquanto o gatilho estiver pressionado.

Passos do Funcionamento:

  1. Alimentação: A munição é alimentada no mecanismo a partir de uma fita ou carregador.
  2. Câmara: O cartucho é posicionado na câmara.
  3. Disparo: O percussor atinge a espoleta do cartucho, iniciando a combustão da pólvora.
  4. Propulsão: Os gases resultantes da explosão impulsionam o projétil pelo cano da arma.
  5. Extração e ejeção: O estojo vazio é removido da câmara e ejetado da arma.
  6. Repetição: O ciclo se reinicia automaticamente enquanto o gatilho permanecer pressionado.

Componentes Principais de uma Metralhadora

  1. Cano:
    • Guia o projétil e suporta altas temperaturas geradas por disparos rápidos.
    • Geralmente fabricado em aço resistente ao calor.
  2. Sistema de Alimentação:
    • Pode ser por fita de munição ou carregadores.
    • A fita permite disparos prolongados sem a necessidade de recarregar com frequência.
  3. Sistema de Recuo ou Gases:
    • Reaproveita a energia do disparo para movimentar o mecanismo de recarga e disparo.
  4. Percussor e Mola Recuperadora:
    • O percussor aciona a espoleta do cartucho.
    • A mola recuperadora retorna os componentes à posição inicial após o disparo.
  5. Sistema de Resfriamento:
    • Pode ser a ar (através de ranhuras ou fluxo de ar) ou a água (em modelos antigos).
    • Evita superaquecimento do cano durante disparos prolongados.
  6. Gatilho e Mecanismo de Travamento:
    • Controlam o disparo e impedem tiros acidentais.

Tipos de Metralhadoras e Suas Tecnologias

1. Metralhadora Leve (LMG – Light Machine Gun):

  • Projetada para mobilidade.
  • Exemplos: FN Minimi, HK MG4.
  • Ideal para apoio de fogo em patrulhas e pequenas unidades.

2. Metralhadora Média (MMG – Medium Machine Gun):

  • Balanceia mobilidade e poder de fogo.
  • Exemplos: MAG 7.62, PKM.
  • Usada em tripés ou veículos para alcance médio.

3. Metralhadora Pesada (HMG – Heavy Machine Gun):

  • Projetada para alvos blindados ou áereos de baixa altitude.
  • Exemplos: Browning M2, DShK.
  • Necessita de montagem fixa devido ao peso.

Mecanismos de Ação

Recuo Curto: O cano e a culatra se movem juntos para absorver o recuo e preparar o próximo disparo.

Recuo Longo: O cano recua completamente, aumentando a precisão e reduzindo o impacto no operador.

Ação por Gases: Os gases da combustão são redirecionados para empurrar o mecanismo de recarga.

Benefícios e Limitações

Benefícios:

  • Alta Cadência de Tiro: Permite disparos rápidos e sustentados.
  • Eficácia em Combate: Ideal para suprimir fogo inimigo e proteger tropas.
  • Versatilidade: Usadas em veículos, aeronaves e em posições fixas.

Limitações:

  • Peso: Especialmente as metralhadoras pesadas.
  • Superaquecimento: Pode exigir mudança de cano em disparos prolongados.
  • Custo: Tanto na aquisição quanto na manutenção.

As metralhadoras são armas sofisticadas que combinam engenhosidade mecânica e poder de fogo. Com seus sistemas automatizados, garantem alta cadência de tiro e confiabilidade em combates prolongados. Seja em missões terrestres, aéreas ou marítimas, essas armas continuam a ser ferramentas indispensáveis para as Forças Armadas ao redor do mundo.

O Exército Brasileiro conta com um arsenal eficiente de metralhadoras, combinando equipamentos importados e nacionais, como a IMBEL IA2. Em comparação com outros países desenvolvidos, há um equilíbrio em termos de confiabilidade, mas algumas limitações tecnológicas ainda precisam ser superadas.

Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como na aquisição de armas mais modernas, podem elevar a capacidade de fogo e a eficiência do Brasil em cenários de combate futuros.

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